Está terminada a 10ª jornada da L.P.B. e desta vez sem resultados surpreendentes, mas com duas vitórias fora de casa de Benfica e Académica.
Nesta jornada existiam jogos de resultado difícil de prognosticar e o equilíbrio nos números finais veio confirmar isso mesmo.
Em São Paio de Gramaços a equipa da casa parece em clara quebra e já vai em quatro partidas sem conhecer o sabor da vitória. Já a Académica aproveitou este derbie para quebrar uma série que também era de quatro derrotas consecutivas e entrar no grupo dos oito primeiros.
Em Guimarães, o Vitória parece ter estabilizado e em dia de estreia do seu novo reforço recebeu e venceu o Barreirense que com esta derrota caiu para o penúltimo lugar.
Em Vagos, a equipa da casa ultrapassou o sempre incómodo Ginásio, sem

pre escorado na mais valia John Smith. Os Vaguenses nem necessitaram do crontibuto de Raheem Moss que voltou a não jogar.
Em Torres Vedras, o Benfica cumpriu e a Fisíca apesar de ter equilibrado continua última mas ainda a tempo de cumprir a promessa de José tavares e garantir a presença no play-off.
No jogo que mais expectativas podia gerar nesta jornada, as expectativas saíram goradas e o espectáculo e emoção esperadas, deram lugar a um jogo de uma modalidade parecida com basquetebol, onde as tabelas eram defendidas por "formações ordenadas" com contacto excessivo, deixando de lado tudo o que é talento e espectáculo ao serviço do jogo:
31 percas de bola, 76 ressaltos, 119 lançamentos de campo tentados e 37 marcados, são números elucidativos daquilo que se passou em Ovar.
Várias são as hipóteses para explicar este fenómeno, alguns até vão chamar-lhe qualidade defensiva, outros intensidade. Pois a mim parece-me que é com jogos deste tipo que a modalidade vai perdendo adeptos, a dada altura do jogo ia recordando as tardes e noites de basquetebol no Raimundo Rodrigues em Ovar e fazendo a comparação com, os poucos adeptos presentes no Dolce Vita e a forma como estavam a assistir àquele espectáculo.
Os fins nem sempre justificam os meios...
Culpa de quem?
Das três equipas, da Ovarense porque tendo acabado o 1º período em desvantagem foi em busca de uma solução de recurso, do Illiabum que pensou que poderia ombrear com a Ovarense no jogo do "empurra, bate e puxa" e por fim de uma equipa de arbitragem que com certeza interpretou mal o último artigo de Fernando Rocha no site da FPB sobre "
O Princípio da Vantagem/Desvantagem"
Sem querer descontextualizar as frases, deixo aqui alguns excertos interessantes:
- “Quando decidem apitar um contacto pessoal ou violação, os árbitros têm, em cada instante, que observar e pesar os seguintes princípios fundamentais:
O espiríto e intenção das regras e a necessidade de manter a integridade do jogo; - Consistência na aplicação do senso comum em cada jogo, tendo em mente as competências de cada jogador e a sua atitude e conduta durante o jogo;
Consistência na manutenção do equilíbrio entre controlo de jogo e fluir do mesmo, ter o “feeling” para saber o que os participantes estão a tentar fazer e apitar o que é correcto para o jogo” (fim de citação). - Podemos pois concluir que este conceito está presente em todos os jogos e que a sua aplicação tem que ser poderada em cada momento. Tentando objectivar um pouco mais, o árbitro deve ponderar em cada acção, se esta afecta realmente o jogo ou não, portanto, se promove uma vantagem desleal ou se coloca o adversário em desvantagem. É importante também referir que este conceito só é aplicado a pequenos contactos, não realizados de forma permanente e sistemática.
Tudo isto para vos dizer que não é com espectáculos destes, pagos como este (6 euros o bilhete) que ajudamos a que o basquetebol em Portugal volte a ter um lugar de destaque.
O basquetebol necessita urgentemente de espectáculo, emoção e gente nos pavilhões.