Confusões!!!!!!

Ponto prévio:
Não sei se um desfibrilador poderia ter salvo a vida do Kevin. Não sei se mesmo com uma ambulância à porta do pavilhão esta lhe poderia proporcionar uma rápida intervenção médica hospitalar que o mantivesse vivo. O que sei e vou ouvindo é que me deixa confuso.

• A Federação organiza um evento e não providencia a presença de bombeiros no local.

É certo que a presença destes agentes por si só não são obrigatórias nos pavilhões durante os jogos, aliás tal seria incomportável em termos de recursos, em todos os jogos, em todas as modalidades, mas em um evento desta dimensão, organizado em parceria com uma câmara municipal e até como forma de promover as associações de uma região, acho que era o mínimo que se podia pedir.
Aproveito para dizer que numa recente consulta a um graduado de uma corporação de bombeiros me foi informado que a utilização de desfibriladores só está acessível a pessoal médico e a bombeiros com TAS, que são os bombeiros que acompanham o INEM.
Portanto, ter um destes aparelhos nos recintos desportivos é sem dúvida importante, mas quem os manuseia? Quantos clubes da competição maior do basquetebol Português têm um departamento médico devidamente organizado? Quantos clubes se fazem acompanhar por um profissional de saúde para os jogos? Quantos têm os simples aparelhos de auxílio aos fisioterapeutas a funcionar?

• Ouvi num dos canais televisivos que os Centros de Medicina em Portugal têm da tecnologia mais avançada do Mundo e que podem despistar estes casos acima dos 90%.

Então, pergunto eu, estamos à espera de quê?
Sem pôr em causa a competência de todos os profissionais de saúde que actualmente trabalham nos ou com os clubes, quais são os exames médicos mais fiáveis?
Estarão os nossos jovens que praticam desporto devidamente APTOS medicamente para o fazerem?
Eu sou do tempo em que ia ao centro de medicina fazer os exames médicos e de forma gratuita. Ao que julgo saber actualmente estes exames são pagos. Qual a responsabilidade do estado nisto tudo em ralação aos exames médicos do jovens?
Estarão os jovens treinadores que abundam nas equipas de formação da nossa modalidade devidamente preparados para ministrarem treinos físicos? São conhecedores dos riscos inerentes?

Estas coisas infelizmente acontecem e vão continuar a acontecer, aqui ou em outra parte do mundo, mas não podemos enfiar a cabeça na areia e aceitar isto com resignação.

• Mais perguntas parvas.

Como foi possível a Federação não ser capaz de parar todos os jogos que se iam realizar após este trágico acidente?
Com que estado de espírito actuaram os jogadores das equipas que foram "obrigadas" a jogar após esta morte?
Até esta altura e sobre a Supertaça, com data marcada para Domingo, dia 1 de Novembro e onde é interveniente a Ovarense, a Federação nada disse. Faltam 4 dias. Ainda é preciso pensar mais?
Ter um autocolante com o logótipo da competição na tabela é obrigatório e eu até posso concordar que em termos de imagem é importante, mas então e o resto?

Estou confuso. Estas coisa deixam-me baralhado....