Esta é a versão oficial, porque no fundo a notícia devia ter saído assim:
Em Ovar reuniram-se algumas personalidades ligadas ao Basquetebol Profissional que actualmente estão em vias de verem o seu tacho acabar.
Começa a ser deplorável a imagem que dirigentes e treinadores estão a dar.
As conclusões desta reunião magna foram zero e sobraram ataques mais uma vez para a Proliga.
A história da concorrência desleal já é a única bandeira que estes senhores conseguem erguer.
A grande verdade é que actualmente as duas entidades máximas da modalidade têm culpa da situação a que chegámos mas, mais grave do que isso, têm telhados de vidro.
Na Liga todos sabemos que foram anos a fio a subverter os regulamentos, a esconder as irregularidades dos clubes com o único intuito de se manterem no poleiro.
A Federação, até que o caso Queluz fique esclarecido, também não fica bem na foto, mas o erro maior é ter deixado que os dirigentes da Liga continuassem ano após ano a fazer tudo o que queriam, inclusivamente acumular dívidas à própria Federação.
Insinuar que a Federação não esteve presente por se recusar ao diálogo é a prova do estado de guerrilha em que se encontra o Basquetebol.
Mas as verdadeira razões para a ausência da Federação foram dados a conhecer numa carta enviada à ADO:
No entanto, conforme é público, a Federação Portuguesa de Basquetebol irá promover, nos próximos dias 5, 6 e 7 de Outubro a organização da Fase Final do “I Troféu António Pratas”,
Em primeiro lugar, embora a FPB não se tenha pronunciado, relativamente à organização do “Torneio dos Campeões”, por não querer prejudicar a imagem do sector profissional do Basquetebol, a Federação, por uma questão de princípio e de respeito para com as responsabilidades que lhe estão cometidas, não deve participar num evento associado à realização de uma competição de natureza profissional, num momento em que o processo regulamentar de apresentação e análise das candidaturas não se encontra ainda encerrado.
Em segundo lugar, devemos recordar as recentes declarações proferidas pelo Presidente da LCB, representante máximo do Basquetebol profissional e também, por esse facto, de todos os clubes que a integram, incluindo a ADO, onde foi feito publicamente um diagnóstico do mau (?) estado actual do Basquetebol, identificando como principal responsável pela actual situação da modalidade o signatário e o seu trabalho negativo nos últimos dezasseis anos no cargo de Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol. Parece-nos, por isso que a LCB, os seus clubes e os seus dirigentes, terão já feito um debate sobre o estado actual da modalidade, o qual, pela certeza e ciência das suas conclusões urge conhecer com maior detalhe.
Em terceiro lugar, convém sublinhar que, em Junho deste ano, a Federação, em reunião
No que se refere especificamente às relações entre a FPB e a Ovarense, convirá não ignorar que se encontra pendente uma acção judicial contra a Federação, intentada pela
Estes são os verdadeiros motivos para a ausência da Federação.
Enfim, resta aguardar pelo dia 9 de Outubro, altura em que se reúne pela última vez o comité de análise das candidaturas, para ver se este filme tem um fim.
Nota final para uma frase assassina que ouvi na RTP 2 durante a transmissão do Porto - Belenenses: "A Liga arranca com qualquer número de clubes!"
Eu traduzo: A presença do Lusitânia na competição profissional é nesta altura uma enorme incerteza.
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